FlânerieO flanêur é um observador da paisagem, que também estuda a natureza humana em aspectos rotineiros observados, a vida se desdobra diante as dimensões da paisagem ante o olhar desse transeunte.
Mas os pensamentos do flanêur não se mantém somente no espaço ou instante presente, vai além da paisagem observada, além dos tempos. Flânerie é mais do que somente prestar atenção à sua volta, é também refletir sobre as situações e imagens vistas.
Esse transeunte tem a capacidade de decifração dos sinais e das imagens: algo que pode ser revelado por uma palavra deixada ao acaso, uma expressão capaz de fascinar o olhar de um pintor, um ruído que espera o ouvido de um músico atento. Os conceitos de flânerie e de ócio devem, então, ser aproximados, tomando o ócio como a inaparente condição do trabalho poético.
O flanêur é ocioso, um transeunte preocupado com problemas ou apressado não se torna um bom observador pois sua mente está ocupada demais, a percepção na flânerie é, assim, fruto do ócio.
Pode-se ressaltar como acontecimento significativo o aparecimento da fotografia modo em que alguns flanêurs guardam imagens do que observam.
Fonte de inspiração:
http://www.digestivocultural.com/colunistas/coluna.asp?codigo=860DerivaTransformação ininterrupta do meio urbano.
Os Situacionistas cunharam a expressão urbanismo unitário para descrever seus experimentos para criar uma nova cidade que permitiria os habitantes de jogar e realizar seus desejos. Arquitetura, colagens deturnadas de mapas, instalações de arte e a deriva eram todas usadas pela IS nestes experimentos.
A deriva, portanto, era uma prática experimental de urbanismo unitário através de zonas destinadas a alterar humores e percepções dos habitantes. A prática é efetivamente vagar sem objetivo e sem destinação através da cidade, explorando suas ambiências. A Psicogeografia foi usada para descrever o estudo dos efeitos do meio ambiente urbano na psique. Os situacionistas produziram relatórios psicogeográficos baseados nos resultados de suas derivas.
A Deriva quer fazer do urbanismo e da arquitetura ferramentas de uma revolução do cotidiano. Alterar o meio que os transeuntes observam e sentem o ambiente em que vivem e que passam. Alterar essa percepção significa mecher com o modo de vida tanto psicológico como físico.
Mapa de uma deriva situacionistaFonte de inspiração:
http://www.rizoma.net/interna.php?id=130&secao=potlatchParkourParkour ou l'art du déplacement (arte do deslocamento) é uma atividade com o princípio de se mover de um ponto para outro da maneira mais rápida e eficiente possível, usando principalmente as habilidades do corpo humano. Criado para ajudar alguém a superar obstáculos que poderão ser qualquer coisa no ambiente circundante — desde ramo de árvores e pedras até grades e paredes de concreto — e pode ser praticado em ambas áreas rurais e urbanas.
Ao praticar essa arte o traceur ou traceuse, nome dado aos esportistas do Parkour, observam o espaço da cidade diferentemente da pessoa comum que anda em seu roteiro de sempre. Os praticantes têm a cidade como espaço de mobilidade, onde cada detalhe tem q ser observado para se avaliar as possibilidades de locomoção. O espaço ganha uma nova visão e uma nova forma.
=> Entrevista com David Belle, criador do Le Parkour:
“Arte em que aprendemos a ser cuidadosos”
“No Parkour é o confronto entre você e o obstáculo.”
“...não sentir sufocado pelos muros ao seu redor...”
“Usar a cidade ao invés de deixá-la nos usar”
Os praticantes do Parkour vêem um mundo sem limites físicos, tudo aquilo que era visto como obstáculo perde essa função, assim o mundo fica mais amplo.
Há uma grande interação entre o esportista e o espaço da cidade.
Fonte de inspiração: Wikipédia e Youtube
Esse trabalho no photoshop foi feito resumindo a minha visão sobre a performance efetuada pelo meu grupo na sala de plástica dia 13 de março.
