domingo, 17 de maio de 2009

Museu Inimá de Paula - Arte Cibernética

O Acervo de Arte Cibernética do acervo Itaú Cultural é composto por oito obras interessantíssimas.
A Les Pissenlits de Edmond Couchot e Michel Bret, onde o sopro faz com que as dente-de-leão virtuais espalhem sua semente foi uma das que mais me interessou, a interação faz com que espectador sinta-se parte da obra, fiquei imaginando se é possível fazer isso com o arduino e o processing.
Também gostei da Text Rain de Camille Utterback e Romy Achituv onde controlamos as letras que caem com o movimento do corpo, acho que esta obra seria mais interessante se as letras fossem aleatórias e conseguíssemos formar as frases que quisermos.
Gostei do efeito musical e interação do Sonic Dimensions de Rejane Cantoni e Daniela Kutschat além do efeito visual de interação que se dá nas cordas, essa obra meche com a interação de vários sentidos.
O Reflexão #3 de Raquel Kogan eu me interessei pelas partes em que a sombra de alguém fica pela frente dos números ao mesmo tempo que outras ficam por trás dos números.
No Descendo a Escada de Regina Silveira eu achei que a sincronia entre o som e a imagem deveria ser maior além do espaço do degrau que eu acho que deveria ser mais semelhante ao real, apesar da idéia ser muito interessante.
No Life Writer,de Christa Sommerer e Laurent Mignonneau eu gostei da junção do antigo da máquina de escrever com a tecnologia, esse eu realmente achei que seria possível se reproduzir com arduino e processing.
A “Memória” Cristaleira, de Eder Santos eu achei um pouco sem graça, talvez se tivesse alguma relação entre a cristaleira real e a virtual, que elas não parecessem coisas separadas e se fundissem de algum modo a ponto de serem confundidas a obra seria mais interessante, ou talvez um interação entre o espectador e a obra.
No Pixflow 2 - LAb[au], o efeito visual me impressionou, a mudança de efeito das cores de acordo com a posição do espectador ficou muito boa, o movimento das partículas é suave e imprevisível, fazendo com que o espectador pare para perceber seu movimento.

Análise de outros objetos interativos

Alunos que fizeram a crítica: Ana Carolina Vasconcelos Dias, Alice Andrade Issa e Isabella Flach Gomes.
Alunos cujos trabalhos foram analisados: Marcela Figueredo, Mateus Lira da Matta Machado e Vítor Roscoe Papini Lagoeiro.

Objeto interativo do Vítor
O aquário com leds acionados através dos heat sweets(?) com imãs apoiados em bastões tem a função, não pré-determinada, de diversão. No entanto, as possibilidades estão restritas à acender e apagar leds. Isso limita a virtualidade do objeto contruído. Olhando por outro lado, um aspecto positivo desse é que ele propõe a interação entre várias pessoas.
Um ponto que foi analisado pelo grupo é que como existem locais exatos para a aproximação do imã, conclui-se que é fixo a possibilidade de variação no uso. Portanto, o objeto abre pouco espaço para ser virtual.
Esteticamente o objeto interativo apresentou propriedades interessantes já que seu circuito é visto através da tranparência do aquário, o que o diferenciou dos demais objetos apresentados pela turma.

Objeto interativo do Mateus
A interatividade do objeto se encontra no ato de modificar a forma de um conjunto de pequenos cubos de mesmas dimensões. Ele remete à idéia proposta pelo objeto "Bichos" da Lígia Clarck.
Como o objeto possui leds acionados quando certas fazes se encontram, a interaçao pode ter o intuito de conseguir acender os leds como, também, isso pode ser uma surpresa. Isso é um ponto bastante relevante em se tratando de um objeto interativo.
A cada momento é construído uma forma diferente, portanto, existe virtualidade para esse objeto. Nesse caso o espectador é responsável pela espécie de criação.
No quesito acabamento, o objeto deixou a desejar. Apesar da transparência em algumas faces de alguns cubos terem proporcionado um efeito interessante, as arestas construídas com papel tiveram um déficit estético.

Objeto interativo da Marcela
O objeto é constituído de um cubo formado por um labirinto externo a ele. Dentro desse labirinto existe uma bolinha que ao percorre-lo acende leds.
Por se tratar de um labirinto a gama de possibilidaes é expandida, já que os caminhos a serem formados por cada espectador provavelmente serão diferentes. Outro fato, é que, sem dúvida, a chance de uma mesma pessoa conseguir percorrer o mesmo caminho é muito pequena. Por fim, conclui-se que a escolha do labirinto foi, realmente, satisfátoria, pois é nele que se encontra a virtualidade do objeto, ou seja, o labirinto é visto como a problemática e, consequentemente, as soluções são os trajetos e esses nunca são os mesmos.
Esteticamente, o objeto ficou bem trabalhado, pois a cor neutra atrelada ao efeito colorido dos leds e estes em conjunto com a transparência criou um efeito estético agradável.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Inhotim

Nossa! Fiquei fascinada com aquele lugar! Muito mesmo! Primeiramente com o paisagismo inacreditável, é muito difícil achar algum lugar que, apesar de artificial, seja tão deslumbrante.

Antes de ir a Inhotim eu nunca tinha ido tanto acesso a tantos exemplos de arte contemporânea. E posso dizer que me surpreendeu. Eu e meu grupo analisamos e discutimos as obras, tanto as nossas sensações, as percepções que tivemos, como também as possíveis intenções do artista. Muitas vezes ficamos um bom tempo em uma simples obra discutindo-a, como também em outras olhávamos uns pros outros e surgia só um “anh....”. Conseguimos apreciar todas as galerias, e não vou declarar minha obra preferida, pois com certeza estaria sendo injusta se declarasse, tiveram diversas obras com as quais me impressionei.

Gostei muito também da arquitetura de lá, as galerias são projetadas com todo o cuidado, deixam o ambiente externo mais bonito além de ajudar a valorizar as obras de dentro da galeria.

Já estou marcando minha próxima visita para ver todas as galerias com mais calma ainda. E tirar muitas fotos externas (já que não pode tirar das obras), por que não levei a máquina nessa visita. Logo estarei lá de novo.

Objeto Interativo

Bom, a princípio minha idéia era um quadrado flexível com gel e leds, ao manusear esse quadrado, os leds iam acendendo, havendo a possibilidade de dobrar, apertar, etc. Estava indo tudo tão bem que eu até estranhei um pouco. O circuito funcionou perfeitamente, os leds acendiam, a malha de leds tinha dado certo, o plástico colou diretinho, objeto pronto. Massss... ao testar ele parou de funcionar, quando fui ver, a química havia falhado, o gel estragou meu circuito... =/ Tentei com isopor no lugar do gel e nada também. Sorte que eu estava adiantada com o objeto, o desmontei e parti pra outra! Massss... [de novo] deu errado, o circuito, apesar de ter dado certo, deu mau contato em todas as partes e eu não consegui solucionar. Com dois dias a mais de prazo(prova de historia, prova de desenho, desenhos atrasados e etc.) tentei solucionar os problemas com um novíssimo objeto! Um joguinho aplicando circuito e leds. O jogo funciona assim: o objetivo é manusear a argola de metal pelo caminho sem encostá-la! Ao encostar os leds anunciam, pois fecha o circuito.

sábado, 9 de maio de 2009

Processing interativo 2

Gostei desse que eu fiz tambem, apesar da imagem final não ser tão interessante, os modos de interagir são maiores, a velocidade e a direção que se move o mouse influencia na forma e na cor da imagem final:



int posx, posy;
void setup() {
size(254, 254);
stroke(255);
}
void draw() {
ellipse(127, 127, mouseX, mouseY);
fill (mouseX,mouseY,mouseX);
}

Processing interativo

Fiz um processing interativo bem simples, fui colocando mouseX e mouseY em tudo! haha eu achei q deu um efeito legal:
void setup() {
size(400, 400);
smooth();
fill(0, 102);
}
void draw() {
fill(mouseX,mouseY,mouseY, 10);
ellipse(mouseX , mouseY, mouseX , mouseY);
fill(mouseX,0,mouseY, 10);
ellipse(mouseX, mouseY, mouseY, mouseX);
}

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Inhotim




Faltando 15 minutos pra pegarmos o ônibus de Inhotim, já tinha observado o site antes e feito o texto, mas não consegui postar. =/ Mas aqui estão as impressões que tive de como será a nossa visita ao instituto.

Observando o site do Instituto Cultural Inhotim, me chamou atenção a inovação desse complexo museológico, principalmente por abranger ao mesmo tempo a arte e arquitetura contemporânea e além de um paisagismo incrível, tudo isso num espaço interativo, por suas grandes dimensões e possibilidades de locomoção. A variedade de tipos de obras, pinturas, esculturas, desenhos, fotografias, vídeos e instalações, levam a percepções diferentes, fazendo com que seja mais agradável e dinâmica a visita.
O Instituto tem também projetos culturais com iniciativas nas áreas de pesquisa e de educação, tendo assim um caráter socioeducativo em diversas áreas. É um lugar de produção de conhecimento, gerado a partir do acervo artístico e botânico com desenvolvimento de pesquisa, inovação científica e educação.

Processing 1


Peguei o projeto da bolinha dado na aula (p4) , tirei o background e coloquei um draw na elipse, coloquei também um fill de cores que variam de acordo com a posição da bola, ajustei o tamanho da bola e da tela de modo que fizesse uma malha com as cores, tirei o no stroke. No final do projeto fiquei viajando nos movimentos da bola, e gostei do efeito sutil trançado das cores.

int velX, velY;
int posX, posY, larguraBola, alturaBola;
void setup(){
size(235, 245);
velX = 3;
velY = 6;
larguraBola = 15;
alturaBola = 15;
posX = width/2;
posY = height/2;
frameRate(30);
}
void draw(){
ellipse(posX, posY, larguraBola, alturaBola);
fill(posX, 50, posY);
posX = posX + velX;
posY = posY + velY;
if (posX >= width - larguraBola/2 posX <= larguraBola/2){ velX = velX * -1; } if (posY >= height - alturaBola/2 posY <= alturaBola/2){ velY = velY * -1; } }

terça-feira, 5 de maio de 2009

Design: Obstáculo para a remoção de obstáculos

Vilém Flusser inicia seu texto Design: Obstáculo para a remoção de obstáculos do livro “O Mundo Codificado” conceituando o objeto como algo “lançado no meio do caminho”, um obstáculo, um problema. Mas ele estabelece uma contradição, o objeto também é utilizado para “afastar outros objetos do caminho”, contradição chamada “dialética interna da cultura”. São utilizados objetos para vencer obstáculos (outros objetos), porém os próprios objetos de uso obstruem tanto pela necessidade de tê-los(relação de dependência) tanto por estarem sempre por perto.
Então, Flusser questiona o motivo da criação desses objetos em nosso caminho, são projetos de outras pessoas que são necessários para o progresso individual das demais, porém obstruem o mesmo. Assim, os novos objetos são criados para superar os limites dos antigos de modo que as obstruções sejam minimizadas.
O texto expõe que ao configurarem seus objetos, os projetistas devem se preocupar não só com os aspectos científicos e técnicos, mas também com os aspectos subjetivos dele, com o diálogo que o objeto faz entre aquele que o cria e aquele que o utiliza. Criando assim uma certa responsabilidade sobre o utilitário criado, voltando a atenção também a si. Os objetos criados com irresponsabilidade, tiram o mérito do projetista que não se coloca responsável, mantendo a atenção somente na objetividade do objeto, assim se constitui o progresso científico e técnico.
Os objetos imateriais como programas de computadores e redes de comunicação, por ser retirado o conceito de matéria, levam a ser criados de modo responsável, já que o diálogo é visível.
Assim, Flusser conclui que a tomada de consciência de criação de utilitários responsáveis resultaria em menos obstáculos e mais veículos de comunicação, assim, uma cultura com mais liberdade.